Exame de Jade constata lesão 'gravíssima' e prevê tratamento no exterior

Ao que tudo indica, a ginasta Jade Barbosa ainda terá um longo caminho para se recuperar da lesão no punho direito. Em nota divulgada no site oficial da atleta neste sábado, foi anunciado o resultado de um novo exame realizado por ela, que indicaria um problema "gravíssimo" no local, conforme consta no comunicado.

A nota relata que seu médico, Ricardo Laranjeira, analisou uma melhora clínica, mas o estado do punho "radiologicamente é muito crítico". Por causa disso, Jade Barbora precisaria até mesmo dar continuidade ao tratamento fora do Brasil, com uma nova equipe médica indicada por Laranjeira.

A lesão aconteceu no início do ano, enquanto a ginasta treinava. O problema só ganhou maior repercussão depois das Olimpíadas, quando a atleta acusou a Confederação Brasileira de Ginástica de negligenciar seu tratamento de outros maus tratos.

Jade Barbosa afirmou ter sofrido com vômitos e mal-estar durante as Olimpíadas de Pequim por causa das altas dosagens do antiinflamatório Prexige, receitadas pelo médico da CBG, Mário Namba.

"Tomava os remédios por causa da dor no punho. Eu até melhorava um pouco da dor, mas, depois, tinha muitos vômitos, não conseguia treinar direito e tinha a sensação de estar sem força nas pernas", declarou Jade à Folha de S. Paulo em setembro deste ano.

Após os Jogos Olímpicos, o pai da atleta, César Barbosa, não poupou críticas à CBG e cogitou até mesmo processar a confederação pelos maus tratos. "Olha como a CBG me devolveu minha filha. Ela foi treinar em Curitiba há quatro anos inteira. Vou consultar o Flamengo e advogados e talvez processe a CBG", afirmou o pai em entrevista ao jornal O Globo.

Nos primeiros exames realizados pela ginasta, também em setembro, foi constatada uma lesão chamada osteonecrose, problema causado por trauma ou por esforço repetitivo de movimentos. A coordenadora da seleção brasileira, Eliane Martins, defendeu a atuação da CBG ao longo do período pré-Olimpíadas e negou as acusações de Jade Barbosa.

"Durante todo esse tempo a confederação foi negligente e só agora é cobrada? Se a ginasta não era bem atendida e não tinha tratamento adequado, não ficaria aqui em Curitiba com a gente. Se for ver, a performance e desempenho dela sempre cresceram", defendeu Eliane.

fonte:UOL