Mortos em ataque de Israel à Faixa de Gaza sobem para 205

Subiu para 205 o número de mortos no bombardeio de Israel sobre a Faixa de Gaza na manhã deste sábado (27), segundo os serviços de emergência palestinos.

O número de feridos passa de 300, 120 deles em estado grave, segundo o médico Muawiya Hassanein, responsável pela emergência no território.

Em represália ao ataque israelense, o movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou foguetes contra Israel. Uma civil israelense morreu e quatro pessoas ficaram feridas por um foguete que atingiu em cheio uma casa na cidade de Netivot.

Bombardeio
A Força Aérea de Israel lançou um ataque aéreo com aviões e helicópteros contra alvos do movimento islâmico Hamas em toda a Faixa de Gaza às 11h30 locais (7h30 de Brasília) deste sábado.

Pelo menos 195 pessoas morreram vítimas do ataque na Cidade de Gaza e em outras cidades e campos de refugiados, principalmente no norte do território. Os hospitais confirmam mortes na Cidade de Gaza e também em Khan Younis e Rafah, no sul do território. Muitos civis e crianças estão entre as vítimas, e os hospitais estão lotados.
O MAMORÉ. by Harlley Rebouças

O MAMORÉ.by Harlley RebouçasO ministério israelense da Defesa confirmou o ataque, informou que não houve baixas israelenses e disse que mais ações militares contra alvos do Hamas serão tomadas se for julgado necessário.

O ministro da Defesa, Ehud Barak, disse que a operação vai ser ampliada e expandida. "Não vai ser fácil e não vai ser curto", disse Barak. "Há tempo para a calma e tempo para a luta, e agora chegou a hora de lutar."

O porta-voz do Exército, Avi Benyahu, afirmou que a operação "recém-começou" e que não tem prazo para terminar.

Durante a noite, novos ataques foram registrados no sul da Faixa de Gaza, segundo o Hamas.

Hamas, Jihad Islâmica e outros grupos islâmicos prometeram "vingança". O Hamas pediu a seus integrantes que "vinguem pela força" a agressão de Israel, segundo comunicado difundido por rádio.

"Todos os combatentes estão autorizados a responder à matança israelense", disse um comunicado divulgado pela Jihad Islâmica.

Danos e vítimas
O porto de Gaza e várias instalações de segurança do Hamas foram danificados, segundo o Hamas e testemunhas. O chefe de polícia da região, Tawfiq Jabber, teria sido morto durante o ataque.

Um dos bombardeios teria atingido um quartel onde ocorria uma cerimônia de graduação para novos membros, provocando várias mortes.

Imagens de TV mostraram corpos espalhados nas ruas e feridos sendo carregados, além de danos pesados em edifícios. Uma nuvem de fumaça negra ergueu-se da cidade.

O governo do Egito abriu a passagem de Rafah, na fronteira com Gaza, para permitir a entrada de ajuda humanitária e a saída de feridos pelo bombardeio, disseram à agência EFE fontes egípcias de segurança.

'Crise humanitária'
O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, comprometeu-se a evitar uma "crise humanitária" na Faixa de Gaza, depois que a Força Aérea de Israel lançou um ataque em massa contra o Hamas nesse território, matando mais de 200 palestinos.

Repercussão
O presidente palestino, Mahmud Abbas, condenou os ataques, segundo seu porta-voz. Ele disse que iniciou uma série de "contatos urgentes" com líderes internacionais para que tentem interromper a agressão, disse Nabil Abu Rudeina à France Presse.

A Casa Branca que Israel evite baixas civis em seus ataques aéreos a Gaza e que o Hamas pare de lançar ataques contra Israel para que a violência possa cessar.

O comunicado lido pelo porta-voz Gordon Johndroe também pede ao Hamas que renuncie às atividades terroristas se quiser exercer um papel no futuro do povo palestino.

A Casa Branca também informou que o presidente George W. Bush já conversou sobre os ataques com a secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice.

O presidente da França e da União Européia, Nicolas Sarkozy, pediu a "suspensão imediata de disparos de foguetes contra Israel, assim como dos bombardeios israelenses a Gaza", segundo um comunicado da presidência.

O responsável pela Política Externa da União Européia, Javier Solana, pediu um "cessar fogo imediato" em Gaza, segundo um porta-voz.

Os ministros de Relações Exteriores dos países árabes anunciaram que vão realizar neste domingo, no Cairo, uma reunião de emergência para tomar posição sobre os confrontos em Gaza, informou a Liga Árabe.

A Líbia, único país árabe atualmente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, informou que vai pedir uma reunião de emergência do conselho.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu o fim imediato das agressões.

A Rússia pediu a Israel que detenha a "operação de grande envergadura" em Gaza e ao Hamas que pare de lançar foguetes contra o território israelense, segundo comunicado do Ministério de Relações Exteriores.

O ministro alemão de Assuntos Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, criticou o fim unilateral da trégua com Israel por parte do Hamas, ao mesmo tempo em que pediu à parte israelense que ofereça "uma resposta proporcional" e evite as vítimas civis.

fonte:G1

1 Comentário:

Anônimo disse...

É incrível como Israel aprendeu com a Alemanha Nazista e a superou em suas atrocidades contra os palestinos. Bons alunos os israelenses, hein? E ainda contam com um grande professor, pois têm o apoio bélico, logístico e estratégico-militar do imperialismo americano, que é dono de um vasto curriculum de sequestro, tortura e morte de inocentes, e de invasões a diversos países e de massacre de suas populações. É vergonhoso!!!!

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